Pix supera o débito no e-commerce

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Dados do Banco Central do Brasil (BC) mostram que a quantidade de transações com Pix ultrapassou 1,4 bilhão em dezembro, com volume acima de R$ 716 milhões no total de transações. Essas estatísticas são facilmente comprovadas por quem está no dia a dia do varejo, sobretudo no comércio eletrônico. Em janeiro de 2021, o Pix supera o débito, sendo aceito em 16,9% das lojas, em dezembro, o nível de aceitação da nova modalidade de pagamento triplicou, 55,9% dos lojistas confirmaram a adesão.

Os números fazem parte do Estudo de Pagamentos Gmattos. Há mais de 15 anos, a Gmattos identifica tendências no ambiente de pagamentos online no Brasil. Em 2021, a consultoria verificou o crescimento de adoção do Pix, que chegou ao fim do ano como a terceira modalidade mais praticada entre as formas de pagamento no comércio eletrônico no Brasil. 

O estudo analisou 59 lojas online, em diversos segmentos, que representam 85% do comércio eletrônico do país. A maioria das análises dessa edição do estudo foi realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2021.

Preferência nacional pelo Pagamento via Pix

Os dados do estudo apontam que, no terceiro trimestre de 2021, a participação do Pix nos pagamentos por meios eletrônicos, virtual e presencial, chegou a 2,7%, contra1,16% no primeiro trimestre e 2,16% no segundo. 

“Essa performance pode ser considerada como muito positiva, uma vez que o volume do uso de cartões de pagamento cresceu quase 35% no ano passado em comparação a 2020, e o PIX completou seu primeiro ano de operação”

avalia Gastão Mattos, CEO da Gmattos

Entre as modalidades de pagamento, o maior impacto da adesão ao Pix foi sentido com relação ao uso do débito. Segundo o estudo, a modalidade débito bandeira teve a maior queda no primeiro semestre, embora tenha recuperado parte da sua fatia no segundo semestre. A oscilação do débito banco foi de 26,7% em janeiro para 18,6% em dezembro, e a aceitação média caiu do patamar de 40% no início de 2021 para 30,5% em dezembro.

Boletos ainda estão no páreo

O pagamento por boleto foi uma das surpresas reveladas pelo estudo. O uso do Pix não impactou o pagamento com essa modalidade. Os “boletos pagos” não foram para o paredão e mantiveram sua posição de destaque em 2021, conquistando o segundo lugar na preferência dos clientes do comércio eletrônico entre os meios de pagamento, com 75% de aceitação.

Segundo o estudo, em dezembro, o uso dos boletos alcançou 74,6%, percentual igual ao registrado em janeiro. O melhor desempenho da modalidade em 2021 foi verificado em março, maio e setembro: 83%. Segundo Mattos, a alta adesão ao boleto é justificada pelo entendimento dos lojistas de que muitas pessoas não teriam outra opção de pagamento, como os clientes não bancarizados ou aqueles que não usam cartão de crédito ou têm cartão, mas com limite baixo.

O estudo mostrou ainda que o cartão de crédito continua sendo o meio de pagamento mais aceito pelas lojas online. A taxa de utilização ficou em 98,3%, entre janeiro e dezembro. Os clientes valorizam o parcelamento chamado “sem juros” e os programas de milhagem. 

Segundo o estudo, na visão do lojista, as formas de tokenização têm potencializado a conversão do pagamento e, mesmo diante do risco considerável de fraude (chargeback), os lojistas não abrem mão do cartão de crédito dada a conveniência para o consumidor.

Confira a íntegra do estudo aqui.

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